Caracóis à Borgonhesa

Os franceses são os seus principais consumidores, (embora nós portugueses também sejamos apreciadores dos mesmos, sobretudo na zona Sul do País) e os caracóis que mais apreciam são os robustos exemplares das vinhas de Borgonha, onde os alimentam (como se fazia na Roma Antiga) com folhas de parreira até que engordam e ficam deliciosos. 
A maneira clássica de prepará-los é a da região: chamam-se então caracóis à borgonhesa, servem-se muito quentes, dentro das suas cascas, com grandes quantidades de saborosa manteiga aromatizada com alho e pão fresco como acompanhamento. 
Todavia, como os caracóis de Borgonha nunca são suficientes para satisfazer os pedidos, a alternativa é o caracol raiado, mais pequeno, que compensa a sua pequenez com o sabor e textura suave e tenra. Apresenta a desvantagem de que as suas cascas, diferentemente do caracol de Borgonha, costumam ser demasiado frágeis para que se possa voltar a usar uma vez retirados delas os seus ocupantes, mas o problema resolve-se usando uns pequenos recipientes de cerâmica, fáceis de lavar e sempre prontos para voltar a usá-los. 
Outros elementos essenciais para desfrutar devidamente os caracóis são os pratos com concavidades, chamados escargotières, que levam uma dúzia de caracóis nas suas conchas, as pinças para segurar as cascas quentes e uns garfos especiais com dois dentes, para tirar os caracóis das cascas. 
Em Roma, no dia de S. João, é tradicional comerem-se cozidos em azeite com alho, tomate e alecrim ou hortelã fresca.
Em Portugal, de tamanho pequeno ou grande (caracoletas), os caracóis são bastante apreciados, sobretudo cozidos em água, alho, orégãos e sal.

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