Com o aparecimento das primeiras quintas helicicolas nos anos 70 nascem também duas formas muito distintas de criar caracóis, as mesmas que são usadas ainda hoje com mais ou menos adaptações.
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Por um lado temos o método italiano ao qual se costuma chamar "Ciclo Biológico Completo" onde os animais são criados em grandes parques de terreno a céu aberto. Antes dos caracóis reprodutores serem colocados o terreno é tratado e é-lhe aplicada uma sementeira com uma mistura específica de vegetais que mais tarde os caracois irão comer e usar como abrigo. Não necessita de grande investimento nem mão-de-obra a tempo inteiro na maioria dos casos, o que faz deste método a forma ideal para um "passatempo" familiar ou uma segunda fonte de rendimento. Tem como principais pontos fracos o tempo necessário para que o caracol atinja a idade adulta - cerca de dois anos com colheitas anuais -, a elevada taxa de mortalidade (até 30% é considerado normal), o não poder ser praticado no Inverno e não ser possível controlar efectivamente a quantidade de caracol criado. A colheita tende a ser um processo lento.
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Por outro lado temos o método francês ou "Sistema Intensivo" onde os animais são criados em mesas específicas colocadas em recintos fechados com parâmetros de luz, temperatura e humidade controlados e alimentados exclusivamente com rações próprias para helicicultura. Desta forma o caracol leva seis a oito meses a atingir a idade adulta e é possivel criar caracóis o ano inteiro. Também permite tirar o maior rendimento possível do espaço disponível e os processos de controlo da colheita são muito facilitados. Tudo isto à custa de um maior investimento e de uma absoluta dedicação a tempo inteiro.